terça-feira, outubro 31, 2006

Amizades... descartáveis!

Quem nos viu e quem nos vê…

Meros conhecidos que se limitam ao mínimo dispensável… poucas palavras, poucos olhares, pouco contacto!

É como uma amiga minha diz, amizades genuínas aos 25 anos são uma ilusão! :(

4 Comentários:

Às 14:38 , Blogger Peg solo disse...

vou-me chatear com a menina! eu sou ilusao por acaso? se sou não recebo ordenado por isso nem actuo em las vegas por isso corrija la aí os raciocinios!

 
Às 15:50 , Anonymous Anónimo disse...

É uma tristeza mas uma realidade!
Amigos a partir dos 20 anos são pouco prováveis... homens então... quase impossivel!

Acreditem... Querem-nos comer!!!

Eu aprendi... da pior maneira mas, aprendi!

 
Às 16:09 , Blogger Verduxe disse...

Querida Peg, tu não tens nada de ilusão (e fico mto contente por isso! :))... não te chateies comigo pq não vale a pena!!! Estava a referir-me às amizades com o sexo oposto... é impressionante mas relações totalmente desinteressadas e sinceras a partir dos 20 e poucos só se for com amigos gays!

Partilho da opinião da Debrinhe... infelizmente também cheguei a esta conclusão por experiência própria...

É a vida!

 
Às 23:26 , Anonymous Anónimo disse...

Em primeiro lugar, parabéns pelo blog Veruska! Acompanho com regularidade as peripécias que vão aparecendo no teu blog, como sabes, mas hoje é a primeira vez que me manifesto. E faço-o porque não consigo evitar, o assunto é delidcado, muito frequente e o post que puseste com o desabafo que escreveste, levou-me a escrever estas palavras.

O meu comentário é para comentar não o teu desabafo, mas, mais propriamente, os comentários, não numa perspectiva pessoal das comentadoras, e tenham isto em conta quando recorrer às vossas expressões, mas porque penso quie estes comentários expressam um sentimento, infelizmente, muito comum e que alimenta em nós um estado de espírito apreensivo em relação aos que se cruzam connosco diariamente, olhando para eles de uma forma cada vez mais fria, distante e desconfiada, especialmente na nossa geração. Felizmente a faixa etária mais jovem parece ter aprendido bastante com os nossos erros, e vive a vida de um modo bem mais despreocupado.

A primeira questão que coloco é a seguinte: Será possível haver relações totalmente desinteressadas? (quanto às sinceras não questiono, todos sabemos que sim!) Eu faço amizade com pessoas que não me despertam interesse? Eu falo por mim, tenho um qualquer tipo de interesse em todos os meus amigos! Interessa-me poder sentir que estou integrado um grupo de pessoas que partilham os meus interesses! Interessa-me estar com os meus amigos que me divertem, que me fazem rir, que me apoiam com palavras sábias e reconfortantes quando preciso, que me orientam, que têm gestos e lembranças que me fazem sentir bem, que me elogiam e me dão os parabéns quando mereço. Além disso tenho interesse em dar aos meus amigos o previlégio da minha amizade. Haverá mesmo amizades sem interesse, eu nunca tive nenhuma!

Sei perfeitamente que não são estes tipos de interesse que estão em causa aqui, por isso vamos lá a ele. Será possível um homem e uma mulher serem amigos sem um, (eles estão elas a dizer agora) ter interesse físico, chamar-lhe-ei atracção a partir de agora, pelo outro? A resposta é, claro que sim, e nem vou buscar os exemplos dos amigos gay, ou dos namorados das melhores amigas (se bem que estes casos por vezes.....enfim seguindo)

Mas quão frequente é isso? Sem que tenha havido um qualquer um interesse prévio de um no outros, assumido ou não, é raro, muito raro. E porquê? Na minha opinião, há duas coisas responsáveis por isso: primeiro a atracção entre homens e mulheres é uma coisa natural, saudável e frequente, felizmente diga-se! Em segundo lugar, seremos nós de facto inocentes quando alguém se sente atraído por nós?

Começando pelo segundo ponto, conscientemente dizemos logo “claro que não, nunca foi nada disso”, mas inconscientemente quem manda em nós é o nosso ego. O nosso ego age em conformidade com um dos instintos mais básicos dos animais, Homem incluído ( Homem com H grande para referir a homens e mulheres...todo o cuidado é pouco, ), o egoísmo, “primeiro salvo-me a minha pele”. Ora os nossos egos são essenciais para termos alguma estabilidade emocionail, e o nosso ego, está constantemente a trabalhar para que nos sintamos bem. E quantas sensações existem que saibam tão bem como sentirmos que alguém está fisicamente atraído por nós? Siunceramente quantas existem? Elogios pelo sucesso profissional? Admiração pelas experiências que já vivemos, pelos sítios por onde já passámos? Nada disso se compara à sensação de sermos desejados, de causarmos atracção nouitra pessoa. E o nosso ego trabalha constantemente para conseguir ter essa sensação, é por isso que nos vestimos bem, que vamos ao ginásio, que nos aperaltamos e perfumamos! Isto independentemente de virmos a sentir atracção pela outra parte, isso é completamente independente da necessidade do nosso ego de se sentir desejado...mas já lá vamos!

Continuando nos instintos básicos vamos até ao primeiro ponto. Se olharmos para o mundo animal, a atracção macho-fêmea, o instinto reprodutivo, é a força motriz de todos os comportamentos, caricatos por vezes, de todas as espécies animais, desde o abrir das penas do pavão, aos merrgulhos acrobáticos do golfinho e à condução do Porsche com a capota recolhida de qualquer yuppie de uma metrópole moderna. Milhões de anos de evolução, que nos trouxeram de um estado parecido ao de uma paramécia, até ao estado actual, em que os cabelos vêm com mil cores e pequenos objectos metálicos nos nascem em diferentes partes do corpo, só foram possíveis graças a este instinto básico, e o Ser Humano (reparem que não disse Hoomem para não ferir a susceptibilidade das mais feministas ) apesar da vantagem óbvia que a sua capacidade de raciocício lhe dá, é na mesma comandado por estes instintos básicos, pelas hormonas responsáveis pelos nossos comportamentos mais básicos, que são exactamente as mesmas dos restantes animais. Vão por mim, 5 anos de Química Aplicada dão para perceber destas coisas  mais ainda num curso com 60 pesssoas, 90% das quais raparigas, eheheh! ;-)

Aliás em relação a estas questões da química da atracção, recomendo a leitura do artigo que está no site, http://www.spq.pt/boletim/docs/boletimSPQ_100_047_28.pdf , e que se refere aos estudos de Helen Fischer sobre a neurobiologia do amor, e que clarificam muitas das pertguntas que por vezes colocamos.

Ora bem, se inconscientemente estamos constantemente a trabalhar para despertar atracção nos outros e se a atracção entre homens e mulheres é um dos instintos mais fortes, eu arrisco a dizer o mais forte, no mundo animal, com tanta gente no planeta, homens e mulheres, a travarem conhecimento e a desenvolverem relações de amizade diariamente, é estatísticamente provável, muito provável até, que surgam frequentemente sentimentos de atracção física entre amigos homens e mulheres.....e então? Qual é o problema?

Na minha opinião é das coisas mais normais que existem, e não são exclusivas das faixas etárias acima dos 20 e tais, dos 25, já na primária queríamos todos ser amigos dos mais giros, dos mais irreverentes ou dos mais extrovertidos! Eu lembro-me que queria!

Sendo uma coisa normal, e natural (e ainda bem) o problema parece ser então, na maneira como lidamos com isso!?!?! Haverá de facto alguma razão para uma atracção entre um homem e uma mulher afectar uma amizade entre os dois?? Em princípio não deveria haver, mas é aqui que as coisas se complicam. O problema não é quando nos apercebemos quer a outra parte está atraída por nós, isso para o nosso ego é excelente, e muitas vezes, e não digo que seja intencionalmente e conscientemente, gostamos de manter a pessoa atraída bem perto de nós, parta continuar a alimentar essa óptima sensação, quem nunca se comportou assim que atire a primeira pedra!

O problema surge quando começamos a ter consciencia que o sentimento não é recíproco, não estamos atraídos pela outra parte! Se estivessemos atraídos, então não seria nenhum problema....muito pelo contrário, era excelente!!! Alguns chamam a esta feliz coincidência paixão, outros mais loucos chamam-lhe logo amor, embora algumas vezes digam que é à primeira vista!

Mas falemos da situação em que esta feliz coincidência não se dá, que é a que está em causa aqui! Temos sempre o comportamento adequado quando estas situações surgem? Isto é, quando alguém nos dá a entender, ou nos diz, que está atraído por nós, pomos as cartas na mesa e dizemos que o sentimento não é recíproco, mas que temos uma amizade pela pessoa, ou pelo contrário, tentamos dar a entender que não estamos aí, ao mesmo tempo que, com uma atitute de quem não está a perceber a coisa, vamos cavando uma maior distância e afastamento entre as partes?

E se a outra parte entende que nós não estamos no mesmo comprimento de onda de atracção e se afasta, vemos isso como um comportamento natural de quem precisa de se afastar para não alimentar vãs esperanças, “longe da vista...”, ou pensamos logo, “ ah, como viu que daqui não levava nada nunca mais disse nada”.

Eu sei que infelizmente, existem situações de interesses óbvios desencadeados por atracções físicas, e exclusivamente isso, para dar umas voltas e uns amassos, e nada mais, mas lamento que essas situações tenham levado muita gente, principalmente do género feminino, a pensar simplesmente “ Eles querem-nos comer”. Isso existe, claro que sim, mas existe nos dois sentidos, mulheres a fazer isso a homens também, menos comum ok, noutras faixas etárias ok, mas existe. O que me deixa triste é que estas situações levem a que as pessoas sejam mais frias e supérfulas umas com as outras, mais distantes e isso só alimenta a que as situações do “Eles querem-nos comer” sejam mais frequentes, porque esse tipo de atitude é um acto de desespero, resultante muitas vezes da falta de proximidade que se consiga ter com o sexo oposto, ou então de proximidade a mais, mas enfim.....

É perfeitamente possível haver amizade entre homens e mulheres sem que a atracção física atrapalhe. Ela há-de estar sempre lá, mas isso não é o verdadeiro problema! É natural e até saudável que isso aconteça e até é bom, afaga-nos o ego (esse egoísta), o inportante é sermos sinceros com a outra parte quando nos apercebemos que há uma atracção da outra parte que nós não sentimos, e que não deve ser um assunto tabu! Duas pessoas adultas, sinceras, com os valores correctos (e isto é muito importante) podem perfeitamente falar sobre isso, sem por em causa uma amizade, independentemente de uma necessidade de afastamento de uma das partes. Não deve haver receios de falar, nem da parte que se sente atraída nem da parte que não se sente atraída. E apesar de ser difícil, porque as coisas mudam sempre depois da constatação destes sentimentos, falando abertamente sobre o que pensam as duas partes não há razão para uma amizade não se manter!

A alternativa é criar cada vez mais barreiras e muralhas, que nos isolam e evitam que estas situações aconteçam, mas assim estaremos de certeza a deixar passar oportunidades de viver aquelas felizes coincidências, que são no fundo o que dão piada a esta nossa curta vivência por aqui!

Termino por aqui, que já me estendi em demasia, mas estou disponível para futuras onversas e discussóes sobre este assunto. Espero ter-me feito entender de forma clara e ter contribuído para a transmitir que atracção entrew homens e mulheres é natural, saudável e frequente e que não é sinónimo de impossibilidade de amizade, ou de outro tipo de relacionamento que não implique partilha carnal!

Beijos e abraços

 

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